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segunda-feira, 15 de abril de 2013

O Ovo

Gostei muito dessa Creepypasta então resolvi postar, realmente meche com a cabeça...
Fonte: MEDO B

Você estava a caminho de casa quando morreu.

Foi um acidente de carro. Não foi nada particularmente memorável, mas ainda assim fatal. Você deixou uma mulher e duas crianças para trás. Foi uma morte indolor. Os paramédicos tentaram o melhor para salvá-lo, mas não havia jeito. Seu corpo estava tão estraçalhado que você estava melhor morto, confie em mim.

Foi então que me conheceu.

"O q... o quê aconteceu," você perguntou "e onde estou?"

"Você morreu" respondi, dando os fatos. Não havia sentido em amenizar as coisas.

"Tinha um...caminhão e ele estava rabeando..."

"Sim", eu disse.

"E-eu...morri?"

"Sim. Mas não se sinta mal com isso, afinal todo mundo morre."

Você olhou em volta, e não havia nada além de nós dois. "O que é esse lugar," você perguntou. "isso é a vida após a morte?"

"Mais ou menos".

"Você é Deus?"

"Sim", respondi, "Eu sou Deus".

"Meus filhos...minha mulher..."

"O que tem eles?"

"Eles ficarão bem?"

"É isso que eu gosto de ver, você acabou de morrer e sua maior preocupação é a sua família. Isso é importante!"

Você me olhava fascinado.Para você, eu não parecia Deus, e sim algum homem... ou talvez uma mulher. Eu parecia uma figura vagamente autoritária, talvez um professor de gramática, nada como O Todo Poderoso.

"Não se preocupe, eles ficarão bem. Seus filhos se lembrarão de você como alguém perfeito em todos os sentidos. Eles não tiveram tempo de se decepcionar com você. Sua mulher chorará por fora, mas estará secretamente aliviada. Sendo justo, seu casamento estava desmoronando.E se serve de consolo, ela se sentirá culpada de tanto alívio."

"Bom, e o quê acontece agora? Eu vou para o Céu ou para o Inferno?

"Nenhum dos dois, você vai reincarnar."

"Ah, então os hindus tinham razão?"

"Todas as religiões estão certas da própria maneira" respondi."Vamos caminhar"

Você me acompanhou enquanto seguíamos pelo vazio. "Onde estamos indo?"

"Nenhum lugar em particular, é que eu acho bom caminhar enquanto conversamos."

"Então, qual é o sentido nisso, se quando eu renascer serei apenas um bebê, com tudo em branco. Todas as minhas experiências e conhecimento não valerão de nada."

"Não é bem assim. Você tem dentro de si todo o conhecimento e experiências de todas as suas vidas anteriores. Só não lembra delas agora."

Eu parei de andar e o tomei entre os ombros. "Sua alma é mais magnífica, bela e gigantesca do que você poderia sequer imaginar. Uma mente humana só pode conter uma fração ínfima de quem você é. É como colocar seu dedo num copo de água para saber se está quente ou fria. Você coloca uma pequena parte de você no mundo, e adquire a experiência que ela passa."

"Você esteve nessa vida humana pelos últimos 48 anos, então você ainda não se situou a ponto de sentir o resto de sua imensa consciência.Se nós ficássemos por aqui tempo o bastante, você lembraria de tudo. Mas não teria sentido fazer isso entre cada reencarnação."

"Quantas vezes eu já reincarnei?"

"Ah, muitas, muitas vezes! E muitos tipos diferentes de vidas. Na próxima, você será uma garota camponesa da China, no ano de 540 DC."

"Ei, espera aí, você vai me mandar de volta no tempo?"

"Bom, tecnicamente sim, eu acho. Tempo, como você o conhece, existe apenas no seu Universo. As coisas são diferentes de onde eu venho."

"De onde você vem..."

"Ah, sim, eu venho de um lugar. Um outro lugar. E há outros como eu. Eu sei que gostaria que eu lhe contasse como é lá, mas honestamente, você não entenderia."

"Oh...Mas espera, se eu reincarnar em outros períodos de tempo, quer dizer que posso ter interagido comigo mesmo em algum momento!"

"Claro, isso acontece o tempo todo. Com ambas as vidas conscientes apenas de seu próprio período, você sequer imagina que isso está acontecendo."

"Então, qual é a razão de tudo isso?!"

"Sério, você está realmente me perguntando qual é o sentido da vida? Isso não é meio típico demais?"

"Bem, é uma pergunta razoável." Você tentou insistir.

Eu o olhei nos olhos. "O sentido da vida, a razão pela qual eu criei esse Universo, é para seu amadurecimento."

"Você quer dizer a humanidade? Você nos quer mais maduros?"

"Não, apenas você. Eu fiz todo o Universo para você. Com cada vida, você cresce, amadurece e se torna um maior e mais completo intelecto."

"Só eu? E quanto a todos os outros?"

"Não há mais ninguém, nesse universo estamos só você e eu."

Você me olhava totalmente estupefato. "Mas e todas as pessoas da Terra..."

"Você. Todos eles são diferentes encarnações suas."

"Espera, eu sou todo mundo?"

"Agora estamos chegando lá." Eu disse com um tapinha congratulatório nas suas costas.

"Eu sou todos os humanos que já viveram?"

"E todos os que viverão, sim."

"Eu fui Abraham Lincoln?"

"E John Wilkes Booth também."

"Hitler?"

"E os milhões que ele matou."

"Eu sou...Jesus?"

"E todos os que o seguiram."

Nesse momento, você ficou em silêncio.

"Toda vez que você matou alguém, estava matando a si mesmo. Cada ato de bondade que cometeu, era também no seu próprio benefício. Cada momento de alegria ou tristeza que qualquer ser humano já teve ou terá, era seu."

Você pensou por um longo tempo.

"Por quê fazer tudo isso?"

"Pois um dia, você será como eu. Porquê é o que você é. Você é da minha espécie. Você é meu filho."

"Opa, opa! Quer dizer que eu sou um deus?"

"Não, ainda não. Você é um feto. Ainda está crescendo. Assim que viver todas as vidas humanas através do tempo, terá crescido o bastante para nascer."

"Então, todo o Universo, e tudo que há nele..."

"Um ovo. E agora, é hora de você seguir em frente para sua próxima vida."

E o coloquei a caminho.

Essa creepypasta tem autor: Andy Weir. Foi traduzida pelo @Thiago_Roderick

Fonte: MEDO B

domingo, 14 de abril de 2013

O Corvo - Edgar Allan Poe

O CORVO
(de Edgar Allan Poe)

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.Isso só e nada mais.

Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".

Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".

A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".

Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!

Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!

Tradução de Fernando Pessoa

sexta-feira, 5 de abril de 2013

O Jantar - Helena Vieira

                                                                                                                          Helena Vieira

— Mãe, eu to com fome! — Disse o garotinho loiro largando o livro de colorir.

— Fique calmo Arthur, o entregador já vai chegar... — Disse a mulher também muito loira, passando a mão nos cabelos do menino.
Sentados no sofá, com a TV ligada mesmo sem estarem vendo eles formavam uma família bonita, mesmo que algo estranho fosse óbvio nos olhos dos dois. 
A campainha toca, a mulher levanta, conversa com o entregador e colocando a pizza em cima da mesa, pergunta se ele pode olhar o garotinho enquanto preenche um cheque no quarto.
Mesmo pouco à vontade com o quieto e estranho garotinho, ele concorda olhando o belo corpo da mãe. Vendo o estranho garotinho colorir seu livro, pensa o quanto o dia foi cansativo. Pensa nas noites que ficou sem dormir por causa dos dois empregos. Seus pensamentos são interrompidos pelo ruído da porta sendo fechada. Ele  vira ainda em tempo de ver o estranho garotinho trancando a porta. Pensando que se trata apenas de uma travessura de criança, diz:

— Ei garoto! Eu não vou ficar não... Por que você não chama a sua mãe, pra que ela abra a porta e eu possa ir?

— Porque você não vai... — Disse o garotinho fixando os olhos, agora vermelhos, no entregador.

Achando tudo aquilo muito estranho o entregador sentiu uma vontade enorme de sair daquele apartamento.
Ao tentar se aproximar da porta ele sente uma mão tocar seu ombro. A voz sussurrante da mãe parece se espalhar pelo apartamento todo.

— Acho que você não ouviu meu filho...

Ao olhar para a mulher ele vê que ela tem um facão nas mãos. No primeiro golpe o entregador gritou, mas ela sabia que faria isso, era o que todos faziam. Por isso tinha reforçado a porta e as janelas. Os gritos jamais sairiam do apartamento... Enquanto o encostava à porta e fatiava-o abaixo das costelas a mulher ouvia os gritos de seu filho que dizia:

— Eu também quero fatiar! Eu também quero fatiar!

— Cale-se Arthur! Sente-se no sofá, o jantar está quase pronto! — Gritou a mulher jogando um pedaço de carne recém arrancada para o menino.

O entregador estava à beira de um desmaio, o ultimo de sua vida, mas com um fio de consciência e em meio a enorme dor, ouviu o som do telefone. Aquela seria sua última chance de ser salvo, se pelo menos tivesse forças para gritar por socorro.
Jogando o homem no balcão da cozinha a mulher foi atender o telefone, suas mãos cobertas de sangue ainda escorregaram um pouco no botão de ligar, mas logo ela ouviu a voz do outro lado que dizia.

— Marion! Nossa, finalmente consigo falar com você. O chefe está uma fera e ...Marion? O que são esses gritos ai?

— Ah, desculpe Carlos, eu estou jantando com meu filho, está vendo um filme de terror... Sabe como são
as crianças... — Falando isso, Marion disse ao filho:
— Arthur, dê um jeito nessa TV! Mamãe não consegue ouvir nada...
Aproximando-se do entregador o menino lhe corta a língua fazendo os gritos cessarem. Marion continua sua
conversa no telefone.
— Olha Carlos, eu ligo pra você daqui à alguns minutos... É que a hora da refeição é sagrada...
Quando desligou o entregador viu que estava perdido, a partir de então, seria só dor. Ele se entregou ao seu destino fechando os olhos pela ultima vez... 
Algum tempo depois Marion recolhia os ossos e restos de carne do balcão jogando-os num saco escuro.
Deitado no sofá o garotinho reclamava.
— Mamãe... Os garotos do colégio continuam me perseguindo...
Sem desviar os olhos do que estava fazendo e visivelmente chateada ela respondeu.
— Malditos garotos... Mas, não se preocupe Arthur... Mamãe vai convidá-los para jantar na semana que vem... Mamãe vai ensinar a eles o que é uma perseguição de verdade...
Aproximando-se da mãe e jogando mais um osso dentro do saco o garotinho disse.
— Mamãe eu amo você, mas não gosto de pizza...
— Eu também não meu filho, amanhã eu vou ligar para o restaurante mexicano... Dizem que esse povo tem
sangue forte... — Respondeu Marion, fechando o saco e jogando-o na lixeira cuidadosamente.
Novamente sentados no sofá a mãe e o filho formavam uma família bonita. Ela lia historias que ele pacientemente ouvia... Uma bela família. Mesmo que o sangue em suas roupas e o brilho de seus olhos fosse, obviamente, estranho...

(Conto de Helena Vieira retirado do livro: Histórias que os mortos contam Vol 1; Editora: Creative Commons)

quarta-feira, 3 de abril de 2013

John Wayne Gacy - O Palhaço Assassino

John Wayne Gacy Jr


John Wayne Gacy (17 de março de 1942 - 10 de maio de 1994), foi um assassino em série americano,
conhecido como o "palhaço assassino". Acusado de matar pelo menos 29 garotos, foi condenado a 21 prisões perpétuas e 12 penas de morte.

Nascido em Chicago em 1942, teve uma infância traumática: era espancado e chamado de "bichinha" pelo pai alcoólatra, sofreu um traumatismo craniano aos 15 anos, e em 1968 foi preso por estar praticando atos sexuais com um jovem no banheiro de um bar. Gacy começou a matar em 1972, e suas vítimas eram todas do sexo masculino. Os rapazes recebiam propostas de emprego, iam até a casa de Gacy, eram embebedados, amarrados em uma cadeira e violentados.

Psicopata nato, Gacy nunca assumiu a culpa de nenhum dos assassinatos que cometeu. Segundo ele, o único crime que cometera era a de não ter licença para ter um “cemitério em casa.” Segundo Gacy, ele possuia 4 personalidades:
John, O Empreiteiro; 
John, O Palhaço; 
John, O Político
e John, O Assassino.

O Palhaço Assassino


Gacy chegava em rapazes e oferecia empregos em sua construtora. Por agir durante o dia, a mentira do
“emprego” caía bem e muitos rapazes aceitavam a “carona” até a empresa de Gacy. Quando a vítima não aceitava, Gacy partia para o “Plano B”: oferecia maconha e dinheiro caso o rapaz fizesse sexo com ele. Uma vez dentro do carro, Gacy atacava suas vítimas com clorofórmio. Com a vítima desacordada, a levava até sua casa. Amarrava-a e iniciava a sessão de tortura com diversos instrumentos. Muitas das vezes garotos iam até a casa de Gacy a procura de emprego. Gacy então os convidava para entrar e mostrava o “Truque das Algemas”. Uma vez algemados, os garotos eram dopados e molestados sexualmente por Gacy. Mas antes, para que ninguém escutasse os gritos dos garotos, Gacy os amordaçava com suas próprias cuecas. Muitas das vezes as torturas eram feitas, segundo Gacy, por uma de suas personalidades, “O Palhaço”. Vestindo-se de Palhaço Pogo as torturava lendo passagens da Bíblia. Depois da tortura e dos abusos sexuais, Gacy estrangulava suas vítimas usando um instrumento conhecido como Garrote. Instrumento o qual foi apreendido na primeira busca que a polícia fez na casa de Gacy (o pedaço de madeira com 2 furos nas extremidades.)

Em 1978, a polícia de Illinois, Chicago, efetuou uma busca na casa n° 8975 da West Summerdale Avenue, interrogando seu morador, John Wayne Gacy, palhaço amador e muito querido pelas crianças da cidade, o tipo de pessoa, pensava-se, que dificilmente cometeria algum crime. Erro fatal.

Antes de ir embora, um dos policiais estranhou um cheiro desagradável na casa; "É só um entupimento nos canos de esgoto", explicou Gacy. Mas os policiais decidiram investigar mesmo assim. No porão, sob um alçapão oculto, foram encontrados os restos de vinte e nove garotos entre nove e vinte e sete anos, com sinais de tortura, violências sexuais e estrangulamento.

Já preso, John Wayne Gacy tentou culpar “Jack Hanson”, uma suposta segunda personalidade sua. Em um depoimento, desenhou um mapa com a disposição dos corpos – em seguida, aparentou desmaiar. Quando “voltou a si”, disse que foi “Jack” o autor do desenho. Os vários psiquiatras que o entrevistaram não quiseram embarcar nesta história, embora tenham feito várias hipóteses para o diagnóstico: “pseudoneurótico esquizofrênico paranóico”, “personalidade borderline”, “sociopata”, “narcisista”, “mentiroso patológico” etc. Gacy era contraditório em seus depoimentos, e em um deles disse lembrar-se de apenas cinco homicídios, e de forma incompleta – sendo que, além disto, as memórias pareciam não ser suas, e sim de outra pessoa, conforme disse.

Em 1988, Gacy foi condenado a 21 prisões perpétuas e 12 penas de morte. Durante os 14 anos em que esteve preso, pintou diversos quadros. Pintava como hobby e como forma de ganhar dinheiro, chegou a vender 120 mil dólares em quadros. Seus quadros hoje alcançam altos valores no mercado e são vistos com ceticismo por parte de alguns especialistas em obras de arte. Na prisão, ainda ganhou bastante dinheiro – com as pinturas que fazia (especialmente populares eram as de palhaço e auto-retratos, mas também retratou Jesus, Hitler, personagens da Disney, outros criminosos etc.) e com outros métodos, como um serviço telefônico pago que criou, onde a pessoa que ligava podia ouvir sua alegação de inocência. Suas pinturas chegaram a fazer parte de exposições. Tinha uma rotina obsessiva na cadeia: anotava cada ligação, carta ou visita recebida, e até mesmo o que comeu. Conta-se que, nos 14 anos que esteve preso, passou a abusar de álcool e tentou suicídio. Pouco antes de morrer, em 1994, de injeção letal, já sedado, pronunciou suas últimas palavras: “Kiss my ass!”

Desenhos de Gacy:





Filme Gacy

Filme baseado no crime

Trailer


 


Hellraiser

Um filme de terror de verdade, não recomendado para menores de 14 anos e pessoas fracas...
Hellraiser (Renascido do Inferno), é um filme de horror produzido na Grã-Bretanha em 1987 que explora os temas sadomasoquismo, dor como fonte de prazer, moralidade sob stress e medo. É baseado no livro The Hellbound Heart, do escritor britânico Clive Barker, que também veio a ser o diretor e roteirista da versão cinematográfica. Sete sequências foram produzidas, e um remake foi anunciado em 2007.

Sinopse

Frank Cotton (Sean Chapman) é um conhecedor da depravação sexual, que busca a mais nova experiência sensual e compra um belo e intrincado cubo de quebra-cabeças. Só que Frank tem uma experiência atra com o cubo, ao resolver o enigma e abrir as portas do Inferno e do Céu, o que provoca sua morte. Após vários anos seu irmão, Larry (Andrew Robinson), que ignora o que aconteceu com Frank, decide voltar para a casa da família, que estava fechada há dez anos. Larry se muda juntamente com sua segunda esposa, Julia (Clare Higgins), mas sua filha, Kirsty (Ashley Laurence), optou por morar sozinha. Um acidente faz o sangue de Larry cair no chão do sótão, o que faz com ocorra a ressurreição de Frank. Porém o corpo dele está só meio composto, assim procura a ajuda de Julia, com quem tivera um tórrido envolvimento, para ter novamente a forma humana.

Pinhead

Cenobitas

O termo "cenobita" é uma palavra em Latim arcaico que significa simplesmente "membro de uma comunidade religiosa". De fato, o livro The Hellbound Heart menciona os Cenobitas como sendo "Teólogos da Ordem de Gash"; eles também são conhecidos pelo termo "Hierofante". Como seres extra-dimensionais, eles conseguem alcançar nossa realidade apenas através de brechas no espaço-tempo feitas por determinados artefatos místicos. O mais comum desses artefatos é um cubo de partes móveis conhecido como a Configuração do Lamento.
Chatterer
Embora não existam dois Cenobitas iguais, eles compartilham de algumas características. Todos possuem horrendas cicatrizes, mutilações e piercings colocados em diversos pontos do corpo. A pele de todos os Cenobitas é de um pálido doentio, exceto nos pontos onde a carne foi aberta, expondo ossos e órgãos internos. O mais conhecido dos Cenobitas (e, provavelmente, um de seus líderes) é Pinhead. As mutilações de Pinhead consistem em pregos que foram cravados em seu crânio em um padrão gradeado e seis ferimentos abertos em seu tórax, onde a pele foi arrancada. Outros Cenobitas têm mutilações muito mais severas.

Originalmente os Cenobitas eram servos de Leviatã, o Deus dos Labirintos. Sua função era responder à invocação dos desavisados que abriam a Configuração do Lamento, um artefato que, se seu enigma fosse decifrado corretamente, abriria os portões para o mundo dos Cenobitas (algumas vezes chamado Inferno, outras vezes mencionado como o Labirinto). Os Cenobitas então levariam o desafortunado para seu mundo, onde ele viveria uma eternidade experimentando as sensações únicas de dor/prazer que os Cenobitas podem lhe apresentar.

Em um ponto da série, é revelado que alguns Cenobitas, como o próprio Pinhead, já foram humanos que certa vez desvendaram o segredo do cubo maldito, sendo então "recrutados" para servir Leviatã.Angelique foi a primeira cenobita,criada por dois ocultistas.Inicialmente ela era uma prostituta que foi aliciada no castelo dos ocultistas que criaram um ritual para transformá-la em cenobita com aparência humana.Isso foi visto em Hellraiser-A Herança Maldita.


Motörhead - Hellraiser




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JESUS WEPT

segunda-feira, 1 de abril de 2013

E se tudo isso fosse um sonho?

E se tudo isso fosse um sonho?
E se eu não estiver escrevendo isso nesse exato momento, mas sim dormindo?
Talvez eu nem mesmo tenha criado esse blog...
Mas como saber desde que ponto estou sonhando?
Será que adormeci a alguns segundo atrás e em meu sonho faço esse texto, ou será que esses meus últimos anos foram apenas um sonho? Talvez eu esteja com cinco anos, dormindo...
Talvez eu nem mesmo exista... Talvez em algum lugar, uma pessoa qualquer está tendo um sonho estranho, e seu subconsciente me criou, criou minhas características físicas e psicológicas, criou você...
Todo o mundo, tudo que conheço, tudo que vi e senti, em apenas uma noite...
Será que quando essa pessoa acordar, eu vou deixar de existir?
Como lidar com essa duvida eterna?
Será que isso é real?
Eu estou aqui?
Eu já estive aqui?
Eu existo?
Quem sou eu?
Talvez obtenha a resposta dessas perguntas quando sonhar...
Ou despertar...
                                                                                               Malachi